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Ter | 24.05.16

Pop up: há livros que saltam na Biblioteca Nacional

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O "Pinocchio", de Harold Lentz, 1932. Veja aqui outros títulos em exposição | por Vasco Rosa | Observador

 

Uma nova exposição em Lisboa (para ver até ao dia 9 de setembro) conta a história do livro pop up, objecto tridimensional que agora vive uma segunda idade de ouro. Vasco Rosa foi ver e ler.

 

Verdadeiramente fascinantes pela engenharia de papel, manufactura exigente e capacidade sugestiva da imaginação de crianças e adultos, os livros pop-up alcançaram na última década uma sofisticação espampanante, que a par e passo parece desafiar-se a si mesma para alcançar resultados ainda mais surpreendentes, empurrando para a mais longínqua e tosca pré-história os seus antepassados, os livros “mecânicos” seiscentistas ou alguns livros infantis do tempo da Rainha Vitória. Fala-se de uma segunda idade de ouro.

 

Muito activo, o norte-americano Robert James Sabuda, 51, é hoje a estrela máxima desse firmamento criativo que há pouco mais de um século afirmou o livro também como objecto tridimensional. As primeiras versões, rudimentares ainda (um a quatro pop-ups por livro, isolados do texto), foram produzidas na Inglaterra e na Alemanha, mas em poucos anos o género entusiasmou criadores, editores e públicos por toda a Europa, tendo na Checoslováquia, com o austríaco Vojteck Kubasta (1914-92), um dos seus expoentes. O zootropo, o praxinoscópio e a lanterna mágica, rasgando um novo mercado para o entretenimento infantil, parecem ter levado os editores livreiros a reflectir e investir em livros híbridos capazes de aproximar a leitura em voz alta, para crianças, da moda das “pantominas luminosas”, dos pequenos teatrinhos de papel colorido ou recortado, mas também da diversão nos novos luna-parques: alguns livros foram então arquitectados como pequenos carrocéis-harmónio, ou túneis (peep-show). Curiosamente, os peep-shows permitiam espreitar para duas grandes realizações de engenharia da época: The Thames Tunnel Peepshow (1847) e Crystal Palace Peepshow Tunnel Book (1851). Muito mais tarde, também a coroação da rainha Isabel II, em 1953, foi assinalada com uma edição deste tipo, incluindo quatro “imagens pop-up realistas” da capital do império britânico. O livro deixava de ser só texto, ou apenas texto e imagem, e tornava-se escultura. (...)

 

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